Quando recebi uma mensagem infectada, abri, de tão sozinho que estava. Antes um vírus do que nada.
Deixei que descobrissem minhas senhas, meus segredos, minha intimidade. Sentia que, enquanto navegava, alguém vigiava meus passos. E assim me sentia menos sozinho.
Agora acabei de colocar na boca a bala de tamarindo que comprei da velhinha que fica lá embaixo.
A bala me fere a língua. Fere todo o céu da boca, até sangrar. Quando termino uma, coloco outra na boca ferida. Depois outra. E outra.
A minha bala é a única que tem esse gosto de sangue.
bala de tamarindo?, parece bom...
ResponderExcluirum beijo
Gostei muito desse texto. Um beijo : )
ResponderExcluirÉ bom sim, Dani. Beijo
ResponderExcluirRenata, obrigado pela visita. Visitei seu blog de divulgação de arte e cultura também, vou inclusive tomar a liberdade de divulgá-lo aqui: www.renataaugusta.zip.net. Beijos.