Era
sempre à mesma hora da noite.
Nós
nos reuníamos naquele canto da casa e a criança aparecia. Da nossa idade. Chorando
e gemendo uma insuportável dor, nos estendia os braços e implorava ajuda.
Para
nós, no entanto, o seu sofrimento era curioso e divertido. Por isso, no lugar
de ajudar, achávamos graça.
Deixaríamos
de rir, porém, na manhã em que acordamos e faltava um de nós.
Quando
o segundo de nós também desapareceu, no mesmo dia, nos apavoramos e tentamos
fugir.
Mas
as portas não se abriram mais.
A
casa queria que ficássemos.
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