quinta-feira, 17 de julho de 2014

O braço



A mancha que surgira no braço, um dia antes, havia crescido.

De minúscula, se alastrava.

De inofensiva, causava desconfiança e receio.

Vieram as dormências, depois dor. Até que o braço tornou-se escuro e quebradiço, como vidro.

No hospital, tiveram de amputá-lo, abaixo do ombro.

*

Quando sonha, ainda possui o braço perdido.

E é com ele que acena para um vulto no final do corredor, que está sempre ali e nada diz. Apenas observa cada um de seus passos.