Acordou
sozinho na cama. Chamou o nome dela.
Acordar
era se sentir perdido sempre.
Estendeu
o braço para o lado e encontrou o bilhete que ela deixou:
“Fiquei
do outro lado. No sonho.”
Enquanto
a imagem se desvanecia, ele acordava de vez.
A
saudade em milhões de cacos de vidro se enterrava em sua carne.
*
Foram
precisos 50 anos para sonhar com ela outra vez.
Ela
não envelhecera. Tampouco se importava com a idade dele.
Desta
vez ele não acordou.