Todos os dias ele olhava para ela.
As postagens ele lia e relia, e ainda assim era nas
fotos que se acabava.
Desejava tanto, que chegava a doer. Gozava gritando
o nome dela na frente do computador.
E no dia que ela postou um selfie mais provocante, o
psicopata que ele gerava enfim nasceu.
Começou a anotar todos os lugares que ela
frequentava e, inconsequente, expunha na rede.
(Quando a sua vida é um livro aberto, fica fácil
procurar no índice o trecho que interessa.)
Enfim ele a viu pessoalmente. De longe. Passou a
segui-la. Sabia onde ela morava, onde trabalhava. Tinha registrados todos os
seus horários.
Sequestrou-a. Estuprou-a diversas vezes. Não
satisfeito, matou-a, e cobrindo-a com cera fez uma estátua, que colocou num
altar dentro do quarto.
Ainda assim, não estava satisfeito. Era preciso que
ela fosse completamente dele, mas ele não a sentia assim. E não teria mais como
possuir aquela mulher coberta de cera. Queria mais.
Então descobriu, na lista de amigas dela, outra que
o encantou.