A
noite a exigia, e ela obediente deslizava para fora de casa.
Não
importava a chuva, não importava a doença. Só a obediência era, mais do que
importante, essencial.
Ela
sempre obedecia.
Os
pais assistiam a filha se perdendo, e choravam de impotência.
De
manhã a filha retornava e, cada vez mais magra, cada vez mais pálida,
prostrava-se na cama exausta e pedia perdão aos pais.
“É
mais forte do que eu”, justificava-se.
E
era.